segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

TOP 10 (PARTE I)

Hoje, 31 de dezembro, também conhecido como o último dia do ano em que o fim do mundo falhou, é lembrado como aquela data em que alguns quenianos fazem os brasileiros engolirem poeira, em que tomamos aquela sidra que até mesmo o bêbado da vila recusou, e assim por diante. Ah, e é claro, também é a véspera do dia em que não colocamos todas as resoluções de ano novo, desde as mais banais até mesmo as mais faraônicas, em prática.

Pode até ser que 2012 não seja eternizado como "aquele ano" em seu subconsciente (a não ser que você seja corintiano), mas será lembrado como aquele em que muita coisa boa pintou no mundo da música, seja no lado B do rolê ou por causa da volta de alguns figurões às origens - ou melhor, tentativa de fazê-lo. A definição dos melhores álbuns foi feita de acordo com o gosto do autor do post [sorry, guys], mas o foi com a melhor das intenções (sic). Sem mais voltas e churumelas, vamos à lista, definida em ordem alfabética. Tomara que vocês gostem.


Allen Stone, Allen Stone

O segundo trabalho do estadunidense de Chewelah, Washington, foi uma das gratas surpresas de 2012. Allen Stone transita com autoridade ímpar pelo R&B, mas também manda alguns riffs que, se não forem matadores, são para lá de honestos. E soma-se a isso tudo aquele toque especial do órgão Hammond. Em meio a um trabalho tão bom, escolher algumas faixas para destacar é uma tarefa bem difícil, não? Mesmo assim, Unaware, Your Eyes e Another Break-Up Song merecem menções honrosas.


Battle Born, The Killers

Sim, os matadores de Las Vegas entraram em estúdio e lançaram há alguns meses o álbum Battle Born, o quarto álbum do quarteto do deserto. E, olha, o resultado foi muito bom. É bem verdade que não tem o mesmo fator surpresa dos dois primeiros álbuns - Hot Fuss e Sam's Town -, ainda mais porque há muito ali dos riffs de guitarra e da vibe relativamente eletrônica do teclado, mas há ali elementos que dão identidade ao álbum. Destaque para as faixas Runaway, primeiro single do álbum; The Way It Is e Be Still.


Beacon, Two Door Cinema Club

Se a vibe indie-dançante-alegre-despojada dava a tônica do álbum Tourist History, Beacon mostra o amadurecimento da banda. Claro que há aquela levada relativamente animada em algumas faixas, mas os garotos mostraram que cresceram. Sim, pode-se notar presença mais constante de riffs mais consistentes, assim como vibe mais intimista. Destaque para as faixas Sleep Alone, primeiro single do álbum; Pyramid e The World Is Watching, que lembra a vibe que tornou o TDCC famoso na cena indie.


Boys & Girls, Alabama Shakes

Se você achava que só country domina a cena musical no Alabama, é bom rever alguns conceitos. Para começar, a banda da cidade de Athens, que virá ao Lollapalooza 2013, tem junção para lá de instigante de guitarras com a potência dos vocais que parecem ter sido cedidos pelo R&B: o timbre de Brittany Howard, frontwoman do grupo, caiu como uma luva no suingue e nos riffs de guitarra diretos e retos, uma das marcas registradas da banda. Destaques para I Ain't The Same, You Ain't Alone e para a faixa-título do álbum.


Four, Bloc Party

Mesmo os fãs mais esperançosos do quarteto londrino devem ter desistido de acreditar em algum possível álbum tão bom quanto Silent Alarm. Mas, se Four não é tão genial quanto, pelo menos é bem melhor do que A Weekend In The City e Intimacy - sendo o último mais experimental do que o bom senso recomenda. E, se você considera que seja uma boa notícia, os riffs que tornaram o Bloc Party cultuado a long time ago estão de volta. Octopus, We Are Not Good People e The Healing são os pontos altos do trampo.


Bueno, logo mais pintará a segunda parte da lista.

Beijundas, 

Mau.

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